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Fechamento do Museu Rondon é alvo de críticas

Turistas também reclamam do acervo e da precariedade do prédio.

Turistas também reclamam do acervo e da precariedade do prédio.

Museu Rondon em Ariquemes (RO), a 200 quilômetros de Porto Velho, ficou fechado durante parte do mês de janeiro para recesso. O fechamento do museu justamente em época de férias escolares é alvo de críticas de alguns moradores e turistas.

Além disso, eles reclamam das más condições estruturais, do horário de funcionamento restrito e do aspecto de abandono do prédio que abriga parte do acervo histórico da cidade. A direção do museu anunciou o retorno das atividades para quarta-feira (24).

Inaugurado há cerca de 10 anos, o museu fica no Bairro Marechal Rondon, também chamado de Vila Velha, às margens do Rio Jamari, onde foi instalado um posto telegráfico pelo Marechal Rondon no começo do século XX, décadas antes da formação do atual núcleo urbano.

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O estudante Vinicius Pimenta mora próximo ao museu e revela que muitas pessoas chegam nas tardes e fins de semana e encontram o espaço fechado. Pimenta também critica a baixa atualização do acervo e pede que mais atividades, como aulões para vestibulares que aconteceram em 2017, sejam realizadas no espaço.

“Vem gente de fora pra visitar e encontra fechado. E perguntam se está abandonado. Tinha que abrir final de semana pras pessoas virem visitar. E ali dentro é sempre a mesma coisa, não muda nada”, diz.

A aposentada Jussara da Silva Martins é uma das pessoas que foi ao bairro e encontrou o museu fechado. “O acervo ali é precário, o prédio está feio. Falta interesse do poder público. Isso tinha que estar bem conservado porque Ariquemes começou aqui”, comenta.

A professora de história Raquel Silêncio lamenta o pouco investimento no museu e que apenas um servidor tenha que fazer todo o trabalho no local. Ela lembra que levou uma turma para uma visita e encontrou goteiras já na entrada do prédio.

“Esse mês de janeiro é um mês que geralmente a família sai para passear e seria uma oportunidade muito boa pra que as famílias fossem visitar o museu e conhecer as fontes históricas do nosso município. Aquilo que o aluno estuda na sala de aula, ele vê ali. Tem a cultura visual, escrita, oral e é de suma importância que tenha esse acervo pra que a gente tenha contanto com aqueles que formaram nosso município. A atual situação é um descaso que vem de outras gestões”, argumentou.

Ao G1, por telefone, a direção do museu informou que a falta de recursos tem atrapalhado as atividades, mas que ainda assim busca melhorias para o prédio e o acervo neste ano. As atividades no espaço retornam na quarta-feira.

Sobre as críticas acerca do fechamento do museu em janeiro, o diretor Rogério Pacheco informou que é o único servidor na unidade e com o recesso, o prédio precisou ser fechado. Ele também disse que estava em reunião nesta segunda-feira (22) com Fundação de Cultura, Esporte e Turismo (Funcet) para solicitar a mudança no horário de atendimento para o período entre 11h e 17h. Se aprovado, o novo horário deve começar a valer a partir da próxima segunda-feira (29).

Ainda conforme Pacheco, ele já conseguiu alguns materiais para fazer uma pintura no local e vai solicitar que a Secretaria de Obras (Semosp) faça os reparos para acabar com goteiras no prédio.

Fonte: Diêgo Holanda, G1 Ariquemes e Vale do Jamari

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