O programa Defensoria sem Fronteiras em Porto Velho é principalmente um trabalho realizado por pessoas para pessoas. Pensando nisso, a Defensoria Pública de Rondônia preparou uma série de depoimentos dos Defensores Públicos integrantes da equipe da Força-Tarefa.
Para estrear a série, entrevistamos hoje as representantes do Estado da Paraíba, Alba Neide Máximo e Cardineuza de Oliveira Xavier, que compenetradas em seu trabalho, em meio a pilhas repletas de processos, pararam por um instante para refletir sobre o Defensoria sem Fronteiras, e contar um pouco sobre suas trajetórias como Defensoras Públicas atuantes há quase 32 anos.
Cardineuza de Oliveira Xavier
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“É importantíssimo para nós sabermos que estamos fazendo alguma coisa pelas pessoas, ainda que sejam pessoas que cometeram crimes, são nossos irmãos”, responde atenta Cardineuza Xavier, enquanto organiza a sua pilha de processos.
“Esta é a minha sexta força-tarefa pelo Brasil. A primeira foi em Minas Gerais, mas já atuei duas vezes em Pernambuco, em Santa Catarina e participei da edição do Defensoria sem Fronteiras em Manaus”.
Uma vida dedicada à Execução Penal
“Meu principal trabalho é este é defender presos em execução penal”, afirma a Defensora Pública que conta que é lotada na 2ª Vara Criminal na Comarca de João Pessoa, capital da Paraíba. “Atendo mais de 1500 homens em um presídio da capital e acumulo também as audiências de custódia”.
Cardineuza é enfática quando fala do trabalho que exerce há mais de três décadas. “O trabalho é difícil, por vezes nos sentimos defendendo o indefensável”, exclama. “Mas eu amo o que faço, eu vivo Defensoria Pública. A minha luta de vida foi só defender o menos favorecido, o mais necessitado”, finaliza.
Alba Neide Máximo
om uma história que se confunde com a trajetória da a amiga Cardineuza, a Defensora Pública Alba Neide Máximo participa pela segunda vez do programa Defensoria sem Fronteiras.
“Atualmente trabalho com Vara de Família e Execução Fiscal, mas atuo no Presídio Feminino da Comarca de Cabedelo (Grande João Pessoa) fazendo assistência às mulheres presas no requerimento de benefícios. Já estive em Manaus, então este aqui é o meu segundo Defensoria sem Froteiras.
Alba Neide reitera a importância do programa Defensoria sem Fronteiras. “O nosso sistema judiciário, por vezes, apresenta-se lento, o que causa o acúmulo de processos, em virtude da falta do aparato necessário. Não há condições de haver uma celeridade maior se não for, por meio de uma força tarefa, que impulsione de uma só vez a continuação dos processos”, afirma a Defensora Pública.
E Porto Velho?
“É a primeira vez que venho à cidade e ao estado de Rondônia. Fiquei muito feliz com a oportunidade, pois foi um incentivo para que eu viesse até Porto Velho e pudesse conhecer um pouco desta região do país”, afirma Alba Neide.
Fonte: DPE-RO