Um dia depois de dizer que não dá “bola” para a vacinação em outros países, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que tem “pressa” em obter uma vacina contra a Covid-19. Em texto publicado nas redes sociais, neste domingo 27, o chefe do Palácio do Planalto escreveu que, “caso exercesse pressão” pelo imunizante, “seria acusado de interferência e de irresponsabilidade”.
“Temos pressa em obter uma vacina, segura, eficaz e com qualidade, fabricada por laboratórios devidamente certificados. Mas a questão da responsabilidade por reações adversas de suas vacinas é um tema de grande impacto, e que precisa ser muito bem esclarecido”, disse o presidente, levantando suspeitas, mais uma vez, sobre efeitos colaterais do imunizante.
Bolsonaro acrescentou que “tão logo um laboratório apresente seu pedido de uso emergencial, ou registro junto à Anvisa, e esta proceda a sua análise completa e o acolha, a vacina será ofertada a todos e de forma gratuita e não obrigatória”. Ele declarou que nenhum laboratório apresentou pedido de uso emergencial ou de registro.
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O governo federal ainda não tem cronograma oficial para a vacinação. Segundo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, alguns grupos prioritários começam a receber a primeira dose da vacina contra a Covid-19 no final de janeiro. A vacinação em massa deve começar a partir de fevereiro.