O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (25) nas redes sociais que a matéria-prima para produção da CoronaVac pelo Instituto Butantan, em São Paulo, chegará da China nos “próximos dias”. Em seguida, a informação foi ampliada pelo ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, que afirmou que o produto será entregue até o final de semana, e que a liberação é uma conquista da ação diplomática do governo brasileiro.
Segundo Bolsonaro, a Embaixada da China no Brasil comunicou o governo pela manhã que a exportação dos 5.400 litros de insumos para a vacina Coronavac foi aprovada. O produto já está em área portuária e logo começará o transporte para o Brasil.
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Segundo Bolsonaro, os insumos necessários para a produção da vacina da laboratório Astrazeneca em parceria com a Universidade de Oxford também chegarão ao Brasil em breve. Eles serão usados pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para a produção da vacina no Brasil. A liberação está “sendo acelerada”, afirmou o presidente. Um primeiro lote de 2 milhões de doses já prontas chegou da Índia na última semana, e o governo negocia uma nova compra. Quando chegar ao Brasil, a matéria-prima possibilitará a produção de mais de 200 milhões de doses até o fim do ano, segundo previsão da Fiocruz.
A informação divulgada por Bolsonaro foi acompanhada de uma imagem do chefe do Executivo ao lado do presidente chinês, Xi Jinping, em viagem ao país asiático em 2019. Na ocasião, o brasileiro presenteou o líder asiático com um agasalho do Flamengo. No post, Bolsonaro não deu detalhes de como se deu o esforço diplomático brasileiro.
O texto foi respondido nas redes pelo embaixador da China no Brasil, Yang Wanming. Ele afirmou que a “China está junto com o Brasil na luta contra a pandemia”. “A União e a solidariedade são os caminhos corretos para vencer a pandemia”, disse.
A vacinação começou no Brasil no dia 17, com a aplicação da CoronaVac. As primeiras 6 milhões de doses distribuídas pelo Butantan foram produzidos na China, em parceria com o laboratório Sinovac.
O instituto obteve também autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para utilizar 4,8 milhões de doses produzidas já no Butantan, em São Paulo. A fabricação já foi paralisada, no entanto, por falta de insumos e pelo atraso na liberação da matéria-prima na Índia.