Com o objetivo de promover a produção de soja convencional e debater sobre novas tecnologias e e o cultivo de soja transgênica, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária em Rondônia (Embrapa-RO) realizou nesta última sexta-feira (16) o ‘Dia de Campo de Soja’ em Porto Velho.
De acordo com o Frederico Botelho, engenheiro agrônomo e chefe adjunto de transferência de tecnologia da Empraba-RO, além de Porto Velho, outros municípios receberão o dia de campo nos próximos dias.
Com o objetivo promover o cultivo da soja convencional, um instituto foi criado pela Embrapa em parceria com outras instituições. “Este ano nós estamos com uma novidade: com o Instituto Soja Livre […] que vem com objetivo de trazer novamente a discussão e oferecer aos produtores cultivares convencionais, que até um passado recente vinham sendo retirados do mercado pelo fato da cultivares transgênicas terem uma maior adoção nas lavouras”, explica Botelho.
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O engenheiro ressalta ainda que existem países que compram a soja convencional e é importante que a Embrapa discuta esse assunto com os produtores.
“Tem um nicho de mercado bem favorável, existe uma demanda, a Europa. É um mercado faminto por esses grãos convencionais. O papel nosso enquanto instituição de pesquisa é trazer e discutir com o produtor de que forma ele vai fazer esse cultivo”, informou Botelho.
Conforme o pesquisador da Embrapa, Vicente Godinho, Porto Velho possui uma logística favorável para o escoamento da soja convencional por conta dos portos existentes na cidade.
“Para vender a soja convencional eu tenho que ter um logístico de exportação e Porto Velho tem essa logística. Nós temos hoje quatro, cinco portos, e esses portos nos permitem escoar o volume de soja para os nichos de mercado. Ou seja, temos a condição de plantar, temos a genética convencional e temos um mercado ávido pela soja convencional”, afirma Godinho.
Além de debater sobre os cultivares de soja convencional, os participantes do evento também aprenderam sobre novas tecnologias.
“A gente está discutindo sobre a soja como o todo, o sistema de produção integrado, as dificuldades sobre o sistema de produção, pois a soja hoje não trabalha mais sozinha (…)”, disse o pesquisador.
O produtor rural Reinaldo Cardin já trabalha com o cultivo de soja em Vilhena, mas pretende mudar de cidade.
“A intenção é vir aqui para Porto Velho, pois existem áreas maiores, existem os portos, tem ainda a questão do atrativo de preço. Já tem dois anos que eu venho sempre à capital e acredito que definitivamente este ano eu mudo. E por isso eu vim participar do dia do campo, pois tem esclarecimento de dúvidas e ainda dicas de produtos e materiais que podemos usar”, disse Cardin.
Estiveram presentes no evento pesquisadores, estudantes e ainda produtores. O próximo Dia de Campo de Soja será realizado na terça-feira (20) no município de Cerejeiras.
Fonte: Hosana Morais, G1 RO