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Condenado por “esquema do loteamento” em Vilhena, vereador tenta se livrar de tornozeleira, mas justiça nega pedido

“No caso em tela, não visualizo, de plano, aparente ilegalidade na decretação das medidas substitutivas à prisão preventiva”

Jaldemiro Dede Moreira
(Foto: Rondonia Dinamica)

Após ser condenado e se livrar da cadeia, o ex-vereador de Vilhena Jaldemiro Dede Moreira, o Jairo Peixoto, agora tenta revogar medidas cautelares diversas à prisão impostas pelo juízo de primeiro grau.

Peixoto foi sentenciado pela participação no esquema do loteamento deflagrado por vereadores de Vilhena em 2016. O crime atribuído a eles consistia em receber vantagens para aprovar a implantação dos empreendimentos imobiliários.

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A decretação de medidas cautelares se deu em substituição da prisão preventiva decretada e decorrente de investigações que culminaram na deflagração de várias operações no município de Vilhena.

O objetivo das diligências era desbaratar suposto esquema criminoso envolvendo autoridades públicas, que, à época, agiam no intuito de extorquir empresários do ramo imobiliário, juntamente a terceiros, na qualidade de agentes políticos, que supostamente exigiam propina, ora em dinheiro, ora em lotes urbanos (por meio de laranjas), em troca da aprovação de novos loteamentos.

Por isso, o ex-vereador impetrou habeas corpus alegando:

a) A manutenção das cautelares causa evidente constrangimento ilegal, sendo evidente sua desnecessidade;b) Das 9 medidas cautelares previstas na lei 6 lhe foram aplicadas;

c) Falta de fundamentação na sentença condenatória;

d) Possui condições que lhe são favoráveis;

e) Conduta social sem qualquer intercorrência que viesse a perturbar a paz sócia;

f) Inexistência de grave ameaça ou violência;

g) O cumprimento de 1 ano e 8 meses em cumprimento de medidas cautelares;

h) Existência de condições judiciais favoráveis e;

i) Presença dos requisitos autorizadores para concessão de liminar.

Antes de decidir, o desembargador Oudivanil de Marins, da 1ª Câmara Especial do Tribunal de Justiça (TJ/RO), destacou:
“Inicialmente, é de se destacar que o paciente Jaldemiro Dede Moreira, também conhecido por Jairo Peixoto, é um dos vereadores investigados que ficaram foragidos da justiça por mais de 30 dias após a expedição dos mandados de prisão na deflagração das operações policiais à época dos fatos”.

Em seguida, pontuou:

“No caso em tela, não visualizo, de plano, aparente ilegalidade na decretação das medidas substitutivas à prisão preventiva, o que enseja analisar o mérito sob um melhor prisma quando vindas as informações prestadas pela autoridade apontada como coatora, razões pela qual indefiro o pedido de liminar”, concluiu.

Fonte: Reprodução
Autor: Rondônia Dinâmica

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