Por GloboEsporte.com, Turim, Itália
A chegada de Cristiano Ronaldo à Itália está gerando reações de todos os tipos, nem sempre positiva. Nesta quarta-feira, o sindicato dos trabalhadores da Fiat, uma das patrocinadoras da Juventus, anunciou que os funcionários entrarão em greve por dois dias devido à contratação do português.
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Não é aceitável que os trabalhadores continuem fazendo enormes sacrifícios econômicos, enquanto a companhia gasta milhões de euros num jogador. Dizem que os tempos estão difíceis, que precisamos recorrer a redes de segurança social, à espera do lançamento de novos modelos, que nunca chegam. E enquanto os trabalhadores e suas famílias apertam os cintos cada vez mais, a empresa decide investir muito dinheiro em um único recurso humano! Isso é justo? É normal que uma pessoa ganhe milhões, enquanto milhares de famílias não conseguem nem chegar ao meio do mês? – protesta o comunicado divulgado pelo sindicado.
A Velha Senhora desembolsará cerca de 100 milhões de euros para contar com o jogador. De acordo com o site italiano “Football-Italia”, parte desse valor será financiado pela empresa Exor, que pertence a montadora de veículos e a mesma família do dono da Juventus Massimiliano Agnelli. A família Agnelli é dona da Juventus, da Fiat e de outras empresas relacionadas ao ramo automobilístico.
Esta não é a primeira vez que a patrocinadora investe dinheiro nas negociações da Juventus com jogadores. O argentino Higuaín também foi contratado graças aos recursos da Fiat. Na semana passada, quando a contratação de Cristiano Ronaldo ainda era uma especulação, a agência italiana “Dire” já mostrava que haviam funcionários insatisfeitos com o gasto milionário feito pela multinacional.