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Câmara do Rio rejeita abertura de impeachment contra Crivella

O prefeito foi flagrado oferecendo vantagens a eleitores de igrejas evangélicas

Por Da Redação, com Agência Brasil

Rio de Janeiro – O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella durante entrevista coletiva sobre as manifestações dos taxistas (Tomaz Silva/Agência Brasil) (Tomaz Silva/Agência Brasil)

São Paulo – Por 16 votos a favor e 29 contra, a Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro rejeitou nesta quinta-feira (12) a abertura de um processo de impeachment contra o prefeito da cidade, Marcelo Crivella (PRB). As denúncias foram arquivadas.

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ENTENDA O CASO
Na quarta-feira (4) da semana passada, Crivella fez uma reunião fora da agenda oficial no Palácio da Cidade com mais de 250 pessoas. Na ocasião, o prefeito do Rio afirmou que pode resolver problemas de fiéis de igrejas evangélicas.

Ele disse que contratou 15 mil cirurgias de catarata para serem realizadas até o final deste ano. O prefeito também anunciou facilidades para cirurgias de varizes e vasectomia, e chegou a indicar dois de seus assessores para resolver esses problemas.

Marcelo Crivella também se dispôs a desenrolar problemas com pagamentos de IPTU atrasados de igrejas evangélicas. “Nós temos de aproveitar que Deus nos deu a oportunidade de estar na prefeitura para fazer esses processos andarem”, disse Crivella na ocasião.

Toda a reunião foi gravada por dois repórteres do jornal O Globo, que participaram do encontro sem se identificar.

A atitude é considerada crime de responsabilidade e fundamento para o impedimento. O favorecimento do prefeito, bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, não surpreende ninguém, mas agora há provas de que existe.

Ontem, o Ministério Público do Rio de Janeiro moveu também uma ação civil pública contra o prefeito, por improbidade administrativa. Cita, segundo O Globo, o uso de escolas da rede municipal para promover a Igreja Universal.

Crivella não se deu ao trabalho de dizer que errou. Disse, mais uma vez por meio de sua assessoria de imprensa, em vez de pessoalmente, que a abertura do processo de impeachment é “do jogo político da oposição”.

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