Por Ederson Hising, Fabiula Wurmeister e Cícero Bittencourt, G1 PR e RPC Cascavel
O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) deixou o Hospital São Lucas, em Cascavel, no oeste do Paraná, no fim da tarde desta terça-feira (16).
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O político deixou o hospital de cadeira de rodas, acompanhado dos policiais e de um médico do hospital, às 17h30. O senador estava internado no hospital, que pertence à família dele, desde o dia 10 de outubro.
Gurgacz foi levado para a delegacia da PF em Foz do Iguaçu, também no oeste do estado. Ele chegou ao local por volta das 19h30.
De lá, a previsão é a de que o político irá para Brasília na quarta-feira (17) para o cumprimento da pena de 4 anos e 6 meses, em regime semiaberto, por crimes contra o sistema financeiro.
O advogado do senador, Ramiro Dias, afirma que a “a defesa nunca tentou barrar” a saída dele do hospital. “O senador sempre colaborou com a autoridade policial e judicial”, afirmou.
Segundo ele, a defesa está aguardando a publicação do acórdão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) “para enfim ter o segundo julgamento”.
Procedimento em Brasília
Uma decisão de segunda-feira (15) da juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, determinou que ao chegar em Brasília Acir Gurgacz seja levado para o Instituto Médico-Legal (IML) para perícia médica.
Conforme a decisão, se for constatada a necessidade de manutenção da internação caberá à Gerência de Saúde Priosinal do DF indicar a ala de custódia hospitalar do Complexo Penitenciário da Papuda onde ficará até receber alta hospitalar.
Caso não haja necessidade de internação, a juíza mandou que Gurgacz seja colocado em uma ala reservada a presos vulneráveis na Penitenciária do Distrito Federal 1 (PDF 1), também no complexo.
Internação
No dia da internação, um atestado médico informou que ele teve uma crise de labirintite e transtorno de ansiedade generalizada. O mandado de prisão foi cumprido no hospital, segundo a PF.
A transferência do político foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, no domingo (14).
Desde que foi hospitalizado, Gurgacz estava sendo escoltado pela polícia. Ainda no domingo, médicos impediram a transferência dele alegando que não tinha condições de deixar o hospital.
Na segunda-feira (15), médicas peritas da PF examinaram o parlamentar para indicar as condições de saúde dele.
O primeiro atestado médico do senador indicava a necessidade de três dias para avaliação do quadro clínico.
No sábado (13), Gurgacz teve um novo atestado para ficar mais 20 dias internado, devido a um quadro de depressão grave.
O hospital não tem divulgado boletim sobre o estado de saúde dele.