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Gilmar Mendes solta importante doleiro horas após a prisão

O novo pedido de prisão cita o episódio, e argumenta que Moghrabi descumpriu decisão judicial ao deixar o Brasil. Entretanto, Gilmar entende que não houve descumprimento porque o valor da fiança ainda estava em discussão.

Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF)

Na última sexta-feira (18/12), o ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF) soltou um dos maiores doleiros do país, Chaaya Moghrabi, somente algumas horas após ser preso. O doleiro foi preso em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.

Conhecido como Yasha, Chaaya Moghrabi é considerado um dos cinco maiores doleiros do país e teve a prisão expedida pela juíza substituta da 7ª Vara Federal ,Criminal Caroline Vieira. Entretanto, horas após ser preso, o ministro do Supremo ordenou que o doleiro fosse solto.

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A Justiça já decretou três vezes a prisão de Moghrabi. A primeira em 2018, pelo juiz federal Marcelo Bretas. Em março de 2019, Gilmar Mendes concedeu um habeas corpus e substituiu a prisão por pagamento de fiança, entrega de passaporte e proibição de deixar o país.

Já em abril de 2019, a polícia do Uruguai prendeu Moghrabi no Aeroporto Internacional de Carrasco, em Montevidéu. A Justiça do Rio de Janeiro determinou a prisão preventiva de Chaaya e a extradição do acusado para o Brasil, mas ele fugiu.

O novo pedido de prisão cita o episódio, e argumenta que Moghrabi descumpriu decisão judicial ao deixar o Brasil. Entretanto, Gilmar entende que não houve descumprimento porque o valor da fiança ainda estava em discussão.

Além disso, a Justiça acusa o doleiro por crime de obstrução de justiça, porque demorou a abrir a porta de casa e se recusou a entregar o telefone celular. Para Gilmar, os investigados têm direito a “não autoincriminação”.

O doleiro teve a prisão decretada na operação “Câmbio, Desligo”, a mesma que investigou o “doleiro dos doleiros” Dario Messer.

Estima-se que Moghrabi tenha movimentado cerca de US$ 239,75 milhões entre 2011 e 2017.

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