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Caso Tainá: laudos de ossada humana achada em serra apontam que vítima sofreu emboscada em Monte Negro

Ossos de mulher adulta e possível feto estão sendo analisados pela perícia em Porto Velho. Polícia acredita que vítima tenha sido atacada com golpe fatal na região do pescoço.

Delegado que o crime aconteceu de forma premeditada e vítima tenha sofrido emboscada para ir ao local (Foto: Rede Amazônica/Reprodução)

Os laudos da perícia técnica de Ariquemes (RO), no Vale do Jamari, realizados na ossada humana encontrada em uma serra a cerca de 14 quilômetros de Monte Negro (RO), apontaram que a vítima sofreu uma emboscada para ir até o local e foi assassinada de forma cruel e violenta.

Junto a ossada humana adulta foram encontrados ossos de um possível feto e a Polícia Civil investiga se os restos mortais pertencem a Jovem Taina Carina de Lima Andrade, que está desaparecida desde outubro de 2017. Roupas que estavam no local foram reconhecidas pelos familiares de Tainá.

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De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Duarte, o odontólogo legal da perícia concluiu que a ossada estava na ‘Serra do Sapateiro’ a aproximadamente seis meses. Mas existem alguns critérios técnicos que estendam o período em que o cadáver havia ficado no local.

“A existência de raízes e plantas junto a ossada foi um dos elementos utilizado na análise, pois existe uma ressalva de que nos três primeiros meses não se crescem raízes e plantas. Seis meses com mais os três meses onde nada cresce se dará os nove meses, que é o período muito próximo do desaparecimento da Tainá”, analisou o delegado.

A partir desta informação, a equipe de investigação começou a trabalhar na reconstituição do crime e na reconstrução da mecânica delitiva, para saber o que teria acontecido no momento do crime, por que a ossada precisava indicar também a causa da morte.

O delegado acredita que a vítima foi atraída até a serra para uma emboscada, pois não teria como essa pessoa ter sido assassinada e levada para aquela localidade, devido o acesso ser extremamente difícil e o transporte do corpo também seria difícil.

“Não temos como precisar se o assassino estava em poder da arma do crime ou se a arma estava lá, mas o laudo revela a utilização de um instrumento cortocontundente, que pode ser uma foice, facão ou machado”, revelou Rodrigo Duarte.

Por Jeferson Carlos, G1 Ariquemes e Vale do Jamari

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