Nelson Salim Salles
A prefeitura de Espigão d’Oeste, município que fica distante em torno de 550 km da capital, está vivendo dias de dificuldades financeiras, conforme o prefeito Nilton Caetano (PP) informa vez ou outra, quando dá entrevista à imprensa local.
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Mas não é só isto. A atual administração, vem sofrendo muitas críticas, quanto sua atuação e execução de projetos e obras, além de uma impopularidade gigantesca, que não era registrada desde o mandato do ex-prefeito Regi, entre os anos 1994 e 1996. Pelo menos é nisto que concordam os moradores mais antigos.
Agora, diversos problemas que se arrastam, há pelo menos uma década, são hiperbolizados por causa da força das redes sociais, especialmente o canal de comunicação WhatsApp. É o caso do Horto Municipal, ou Matinha do São José, como é conhecida a reserva florestal, protegida por várias leis e que, tem se tornado uma espécie de ‘pedra no sapato’ daqueles que estão à frente do município.
Questionado pela Redação do Minuto Rondônia, sobre quais os planos teria, para resolver a questão, já que não pode por questões legais, ou não quis entregar a Matinha ao Centro de Recuperação Vida e Luz, instituição que recupera dependentes químicos e que faz esse trabalho social, há pelo menos nove anos, sem nunca ter recebido incentivo público municipal, Nilton Caetano nem se deu ao trabalho de responder. O prefeito ignorou a reportagem.
O diretor do CRVL (Centro de Recuperação Vida e Luz), Deoclécio de Freitas, não quis comentar o assunto, mas declarou ter vontade limpar a área e torná-la, um lugar propício para que famílias frequentem. A declaração foi dada no início de 2017, quando o pastor evangélico tentou implantar um projeto de revitalização no local, mas não conseguiu.
Com alguns assassinatos registrados dentro do Horto, local propicio para usuários de drogas e esconderijo de marginais e produtos de furto e roubo, além de criadouro de insetos e animais peçonhentos, o local vai se tornando um incomodo que vai sendo ‘empurrado’ pelas administrações que passaram pela prefeitura.
Vale citar que o advogado Celio Renato da Silveira, que era do MDB, passou oito anos na prefeitura, assim como a saudosa Lucia Tereza, ambos não desenvolveram nenhum projeto para a localidade.
Interessante é que, se o CRVL queria investir no local, quais os motivos impedem? São motivos legais? Ou são motivos políticos/religiosos?
O presidente da casa de leis municipal, vereador Zonga (PP), também foi contatado, mas não se pronunciou a respeito. Dizem que, ninguém quer ser envolvido no assunto.
Enquanto isto… quem mora próximo do Horto, vai sendo prejudicada. Até mesmo o postinho de saúde, que homenageia o saudoso pioneiro Helvécio Lagares, já foi vítima de furtos, já que o local é totalmente inseguro.