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Serra dos Parecis tem horário de visitação restrito em Guajará-Mirim, RO

Um dos principais pontos turísticos de Guajará-Mirim (RO), a Serra dos Parecis, teve o horário de visitações restringido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), através de um comunicado oficial feito pelo órgão na última semana. Conforme a medida adotada pelo órgão, a partir de agora os turistas e visitantes só poderão frequentar o local das 8h às 19h e não mais a qualquer hora, como era anteriomente.

Segundo a Semma, a decisão de restringir o horário de acesso foi tomada como medida de segurança após a morte de um estudante de 18 anos, que caiu de um penhasco de aproximadamente 100 metros no último dia 12 de outubro. A vítima estava com o irmão e teria escorregado de uma pedra, tendo morte instantânea.

Acesso noturno

Com o novo sistema de acesso, as pessoas que quiserem subir depois das 19h precisam ir até a Semma e pegar uma autorização específica, expondo qual o tipo de atividade que será feita, assumindo a responsabilidade de não deixar lixo nos arredores da serra.

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Uma das atividades mais comuns é a realização de encontros espirituais e vigílias de oração de várias denominações evangélicas, que geralmente são feitas à noite e também durante a madrugada.

Sinalização

Após a morte do jovem, o órgão colocou algumas placas de sinalização sobre os riscos de acidentes e recomendações para que os visitantes não subam nas três torres que estão no topo da serra, porém no penhasco onde o estudante caiu não foi colocada nenhuma placa de alerta até o momento.

Um portão novo de ferro foi instalado na primeira entrada da estrada que dá acesso ao topo da serra. Este portão ficará aberto no horário estipulado pelo órgão, mas irá permanecer fechado depois das 19h, exceto para os casos onde os frequentadores tenham adquirido a autorização de acesso na Semma.

Opinião dos moradores e turistas

Depois que a Prefeitura Municipal anunciou a nova forma de acesso ao ponto turístico, a opinião dos moradores e turistas ficou dividida em relação ao tema. Alguns acham que, por ser um ponto turístico internacional e bastante visitado durante todo ano, não seja necessário tanta burocracia para poder chegar ao topo, mas outros acreditam que o local deve ser preservado e ter o mínimo de segurança para quem vai conhecê-lo.

Ao G1, a estudante universitária do curso de Bacharelado em Gestão Ambiental, Ana Souza, de 23 anos, diz que a burocracia é prejudicial ao turista, que muitas vezes está só de passagem rápida pela cidade.

“Tem gente que gosta de acampar ou até mesmo ver o pôr e o nascer do sol, mas como está fora do horário de acesso livre, como essa pessoa vai atrás de documentos se está só de passagem por aqui? Penso que deveria continuar com acesso livre, mas concordo em melhorar a questão da segurança para os frequentadores”, opinou a estudante.

Já o vendedor Alair da Costa Nuñez, de 35 anos, que mora na cidade boliviana de Guayaramerín, afirma que a medida de restringir horários foi correta e que isso já deveria ter acontecido há pelo menos 15 anos.

“A serra é um ponto turístico e quem quiser subir depois das 19h, tem sim que ter autorização, duvido se qualquer um sobe no Cristo Redentor ou no Pão de Açúcar quando bem quer, tem um controle e aqui deve ser assim também”, diz o brasileiro, que trabalha e mantém residência fixa na Bolívia.

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