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Guedes: PIB veio abaixo do esperado, mas economia está voltando em V

Segundo o ministro, diferença entre o resultado do Produto Interno Bruto do terceiro trimestre e as expectativas do mercado se devem à revisão do PIB do segundo trimestre

(crédito: Isac Nobrega/PR)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu que o crescimento da economia brasileira veio “um pouquinho abaixo do esperado”. Porém, insistiu que o Brasil está “voltando em V” da crise causada pela pandemia de covid-19.

“Veio um pouquinho abaixo do esperado, mas o fato é que a economia está voltando em V, realmente está voltando”, afirmou Guedes nesta quinta-feira (3/12), após ser questionado por jornalistas sobre o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre.

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De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB do Brasil cresceu 7,7% entre julho e setembro, na comparação com o trimestre anterior. A expectativa do mercado, no entanto, era de que essa recuperação ficasse perto dos 9%.

Guedes creditou a diferença dos resultados à revisão de PIBs anteriores. O IBGE havia dito que o PIB do segundo trimestre caiu 9,7%, mas revisou esse número para 9,6% nesta quinta-feira. O IBGE ainda melhorou de 1,1% para 1,4% o PIB de 2019.

“A economia está voltando em V. Houve revisões do trimestre anterior, um crescimento um pouco para cima, e veio um pouquinho abaixo do esperado”, alegou o ministro da Economia.

Auxílio emergencial
De acordo com economistas, boa parte da recuperação do PIB foi puxada pelo auxílio emergencial, que impulsionou o consumo das famílias brasileiras, no terceiro trimestre. Por isso, há um receio de que a recuperação desacelere nos próximos trimestres com a redução do auxílio.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) também já demonstrou preocupação com a retirada do auxílio emergencial e recomendou, nesta semana, que países emergentes como o Brasil estendam esses programas, já que a pandemia permanece, o desemprego segue elevado e os investimentos estão em baixa.

Questionado sobre o assunto, Guedes disse, no entanto, que o Brasil está seguindo a orientação do FMI. “O FMI está sugerindo o que nós estamos fazendo, que a retirada dos estímulos seja gradual”, alegou.

O ministro lembrou que o auxílio emergencial começou em R$ 600, foi estendido ainda em R$ 600 e depois caiu para R$ 300. Hoje, a expectativa do governo é encerrar o benefício em dezembro e voltar para o Bolsa Família em 2021, já que ainda não se chegou a um consenso sobre as fontes de financiamento do Renda Brasil.

 

 

Marina Barbosa

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