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Doze meninos e o técnico de futebol são retirados de caverna após três dias de resgate na Tailândia

Quatro meninos e o técnico foram os últimos a deixar a caverna Tham Luang, no norte do país, nesta terça (10).

Polícia protege com guarda-chuvas saída de resgatado em caverna na Tailândia, na terça-feira (10) (Foto: Sakchai Lalit/ AP)

Todas as 13 pessoas que estavam na caverna Tham Luang, no norte da Tailândia, foram retiradas com apoio de dezenas de mergulhadores. Os últimos quatro meninos e o técnico do time de futebol saíram do local nesta terça-feira (10), o terceiro dia de resgate e o mais desafiador, porque chovia e havia mais pessoas a serem resgatadas.

 

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“Não temos certeza se isso é um milagre, uma ciência ou o que é. Todos os 13 Javalis [nome do time de futebol] agora estão fora da caverna”, comemorou a Marinha tailandesa em post no Facebook.

 

Voluntários comemoram retirada de meninos e do técnico na caverna Tham Luang, no norte da Tailândia, nesta terça-feira (10) (Foto: Reuters)

Entenda o caso

– 12 meninos, entre 11 e 16 anos, e o técnico entraram na caverna no dia 23 de junho, para se proteger da chuva. A chuva ficou intensa e a água subiu muito rápido. Eles ficaram isolados e sem comida por 9 dias. Foram encontrados no dia 2 de julho, debilitados e com muita fome.

– Resgate durou 3 dias: começou no domingo (8) e terminou na terça (10). Cada menino foi conduzido por 2 mergulhadores e usou máscara facial de oxigênio

– O percurso do ponto onde estavam até a entrada da caverna dura 6 horas. Eles estavam em um trecho que tem entre 800 m e 1 km de profundidade. Vários trechos são muito estreitos, com água turva e baixa visibilidade

– 90 mergulhadores participaram do resgate: 50 estrangeiros e 40 tailandeses. Ao todo, mais de 1 mil pessoas fizeram parte dos trabalhos

– Resgatados foram levados de helicóptero para hospital, onde vão ficar em quarentena e observação

A dramática situação dos meninos presos na caverna comoveu o mundo. Doze garotos entre 11 e 16 anos e seu técnico de futebol entraram no local há 17 dias e só puderam sair depois de uma operação de resgate que envolveu 1 mil profissionais vindos de várias partes do mundo.

A missão era muito difícil: os estreitos, lamacentos e inundados caminhos eram um desafio até mesmo para mergulhadores experientes, que levavam cerca de seis horas para percorrer 4 km até onde estava o grupo. Um deles morreu após levar suprimentos aos meninos, que ficaram presos uma encosta cercada de água.

As equipes de resgate chegaram a considerar tirá-los pela superfície da montanha, mas a profundidade era grande demais – entre 800 m e 1 km. E ainda havia risco de desmoronamento caso o solo fosse perfurado. Drenar toda a água também era uma opção, mas os esforços tinham pouco resultado – milhões de litros de água eram bombeados para fora da caverna, mas a chuva impedia o avanço do trabalho.

O governo tailandês também considerou esperar meses até que o nível da água baixasse, já que a saída pela água seria muito arriscada. Mas, durante o fim de semana, a chuva deu uma trégua e a operação de resgate foi colocada em prática.

Ambulância deixa caverna Tham Luang, na Tailândia, nesta terça-feira (10) (Foto: Soe Zeya Tun/Reuters )

Atendimento aos meninos

Ao sair da caverna, os resgatados foram atendidos em um hospital improvisado. Em seguida, foram transferidos de ambulância para um helicóptero, onde foram levados ao hospital da província de Chiang Rai, que fica a cerca de 70 km.

Nesta terça, houve uma certa demora em transferir os meninos para o helicóptero, mas três ambulâncias foram vistas deixando o local, de acordo com a BBC.

O primeiro-ministro tailandês, Prayut Chan-o-chau, afirmou que os meninos receberam ansiolíticos (calmantes) antes de serem levados à superfície, segundo o “The Guardian”. Nos últimos dias, resgatados foram vistos chegar à superfície em macas.

As oito primeiras crianças trazidas para a superfície permanecem internadas, mas passam bem. Elas estão em quarentena para evitar alguma infecção já que a saúde do grupo ficou fragilizada por um longo período de jejum forçado.

Além da Marinha, líderes internacionais, como o presidente Donald Trump e a premiê Theresa May, comemoraram o sucesso da operação de resgate.

Nesta terça, um jornalista estrangeiro foi detido pela polícia por colocar um drone para sobrevoar a entrada da caverna enquanto aconteciam as operações de resgate.

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