Primeiro homicídio aconteceu na madrugada desta quarta-feira, na Colônia Agrícola Penal. Segundo assassinato foi à tarde, no presídio 470
Dois apenados foram mortos nesta última quarta-feira (31) dentro do sistema penitenciário de Porto Velho. O primeiro assassinato aconteceu durante a madrugada, em uma das celas da Colônia Agrícola Penal. O segundo preso foi morto no período da tarde, durante banho de sol, na Penitenciária Estadual Milton Soares de Carvalho (o 470), segundo o delegado Daniel Braga, da Delegacia Especializada em Delitos Cometidos no Sistema Penitenciário (DEDCSP).
Embora tenha acontecido bem cedo, nas primeiras horas desta quarta-feira, a primeira morte só foi informada à autoridade policial por volta das 7h30.
“A informação inicial era de suicídio, mas concluiu-se tratar de assassinato”, disse o delegado, explicando que, além de marcas que indicavam agressão, encontradas no pescoço do morto, a polícia achou um celular em que havia vídeos da execução do preso.
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“Nos vídeos, os criminosos se vangloriam pela morte, alegando serem do PCC e que estariam matando um membro do CV (Comando Vermelho)”, acrescenta Daniel Braga.
Três apenados foram conduzidos à DEDCSP para serem ouvidos, mas eles negaram envolvimento no crime. “Temos provas de que foi homicídio, mas falta identificar os autores do crime”, explicou Daniel Braga que, segundo ele, tem 30 dias para finalizar o inquérito.
O segundo assassinato foi comunicado ao delegado por volta das 14h30. “Aconteceu durante o banho de sol dos presos”, diz o titular da DEDCSP.
Segundo ele, o preso foi enforcado, mas também sofreu espancamento. Agentes penitenciários teriam informado que a morte aconteceu num ponto cego da quadra.
De acordo com o delegado, a vítima também tinha ligação com o CV e tinha condenação de mais de 100 anos por envolvimento em vários crimes. “Dois presos se apresentaram e confirmaram ser os autores do homicídio.
Um deles tem mais de 80 anos de prisão a pagar e confessou envolvimento na grande chacina que aconteceu no presídio Urso Branco”, destacou o delegado, acrescentando que as investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos. “Esses dois não agiram sozinhos”.
Apesar de terem acontecido no mesmo dia, envolvendo possíveis membros de facções criminosas, o delegado acredita que não há relação entre os dois assassinatos. “Estão sendo tratados como casos isolados”, afirmou.
Fonte: Toni Francis, G1 RO