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Classe médica se reúne nos próximos dias para decidir sobre greve

A categoria de enfermeiros e técnicos chegaram a se reunir várias vezes com representantes do Governo, mas não houve avanço nas negociações.

Após vários acordos descumpridos por parte do Governo, a classe médica se reuniu na última terça-feira (10) em assembleia para consultar a categoria sobre uma possível paralisação geral que pode acontecer nos próximos dias. Assim como os enfermeiros e técnicos, os médicos também lutam pelo Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR). Uma nova reunião está agendada para os próximos dias, quando eles decidirão pela greve ou não, a exemplo dos enfermeiros.

Segundo a Presidente do Simero, Flávia Lenzi, a categoria espera há mais de 10 anos pelo PCCR, que atende os anseios da classe. Segundo o sindicato, em Rondônia são cerca de 1.200 médicos que atuam como servidores do Estado.

Durante a assembleia, a maioria dos presentes votou a favor do indicativo de greve. Com isso, será realizada uma nova assembleia na próxima semana, onde a categoria irá decidir pelo voto, se entrarão em greve ou não.

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De acordo com a presidente, nenhum dos prazos que o Governo acordou com os sindicatos da saúde, foi cumprido. “Já existe um projeto pronto, que foi enviado para empresa contratada pelo Estado, justamente para fazer os ajustes, mas os ajustes e propostas apresentadas até agora, só prejudicam a categoria. É inaceitável uma empresa ser contratada por valores absurdos, e apresentar um rascunho de PCCR prejudicial à categoria, não podemos mais aceitar esse absurdo”, disse Flávia Lenzi.

A presidente enfatizou que o problema é a gestão da pasta, que segundo ela, escancaradamente despreza a categoria e parece ter declarado guerra contra os servidores que arriscam suas vidas para cuidar de outras vidas. Em meio à pandemia, mais de 40 profissionais da saúde já morreram vítima da Covid-19.

Flávia Lenzi destacou ainda, que além do PCCR, o sindicato tem obtido ganhos judiciais que o Governo não cedeu voluntariamente, como por exemplo, a implantação do adicional de insalubridade para todos os médicos. “Mesmo tendo decisão judicial de segundo grau, confirmando o direito, o secretário de saúde, Fernando Máximo, também médico, se nega a implantar o adicional direito de todos os médicos, mesmo com expressa previsão legal, com decisão judicial que lhe ampara, e mesmo estando em plena pandemia”, disse.

Lutando pelo mesmo benefício, o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde no Estado de Rondônia (Sindsaúde), também se reuniu na terça-feira com a categoria e decidiu entrar em greve na próxima segunda-feira (16), segundo a presidente Célia Campos.

A categoria de enfermeiros e técnicos chegaram a se reunir várias vezes com representantes do Governo, mas não houve avanço nas negociações.

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